Depois do caso da EDP, em que surgiram suspeitas de que os chineses tiveram conhecimento antecipado das propostas dos outros concorrentes, tivemos o epílogo (para já) de outra trapalhada. A TAP continua, por enquanto, nas mãos do Estado. As explicações em que Maria Luís Albuquerque se desdobrou são um paradigma de asneiras que não seriam de esperar de uma secretária de Estado, licenciada pela Lusíada e que demonstrou pouca experiência em concursos públicos, por muitas referências que faça aos advisers da privatização (quanto ganharam ?).
A aprovação do caderno de encargos em simultâneo com um concorrente constituiu um autêntico disparate, dado que o caderno de encargos deve ser feito antes de conhecer os concorrentes. Depois, o pretexto das garantias bancárias e da capacidade financeira dos concorrentes não ficou claro. Normalmente, as garantias bancárias só são exigíveis após a adjudicação e a capacidade financeira devia ser demonstrada "a priori" através de parâmetros objectivos, condicionadores da admissão do concorrente e da sua proposta a concurso.
Por outro lado, não conseguimos saber se havia e como era constituída a comissão de avaliação das propostas ou, mesmo, se tal comissão era constituída por advisers privados ou pelo conselho de ministros.
O sr. Efromovich terá sobrevalorizado os incentivos do ministro Relvas e ter-se-á finalmente apercebido das razões pelas quais os outros concorrentes desistiram e não perderam tempo a elaborar as suas propostas para a privatização da TAP .
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