João Cravinho, em entrevista a Ana Lourenço, compara o Estado Social (ES) português com o dos outros países europeus, com base em dados do Eurostat, e conclui que o nosso ES está bem abaixo da média europeia. Confira.
Cravinho comenta a legitimidade para refundar e alterar o ES e compara a actuação do governo à de quem tem um martelo na mão e considera tudo que lhe desagrada a cabeça de um prego.
A entrevista do Sr. João Cravinho foi o exemplo máximo das palavras de Churchill: Existem mentiras pequenas, mentiras grandes e depois existe a Estatística. (e de estatística sei o suficiente para ter um doutoramento no assunto) É impressionante como se dá 30 minutos de tempo de antena a alguém que disse disparates tais como o auto-pagamento das SCUT, que se enganou nas projecções de tráfego ferroviário e por aí vamos. O Sr. Cravinho esqueceu de mostrar os outros gráficos do Eurostat. Aqueles que provam que para atingir esses números o Estado português se endivida na faixa 10% todos os anos. Faltou mostrar que grande problema português é ter uma produtividade que é cerca de 65% da média da zona Euro. Aqui patrões e trabalhadores são ambos réus. Fora a produtividade em Portugal melhor esse deficit de 10% não existiria e o investimento social seria bem melhor do que o mostrado pelo Sr. Cravinho. Infelizmente em vez de falar de política a sério, aproveitou os seus 30 minutos para fazer politiquice, tudo o que um país na situação de Portugal não precisa. Vergonhoso, mas não surpreendente.
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