O Estado gasta 80 por cento do seu orçamento com os funcionários públicos. Certamente não serão necessários tantos. Não faz sentido andarmos nesta fantasia de que os lugares são todos inamovíveis, que todos os direitos adquiridos são inamovíveis. Não é possível. disse D. Duarte de Bragança ao "Mensageiro de Bragança", entrevistado a quando da inauguração do novo edifício da Câmara local.
Sobre se há solução para a actual situação do País, diz D. Duarte:
Acho que há muitas soluções, mas é preciso ter coragem e ajudar quem quer produzir riqueza, quem quer trabalhar, e não encorajar a preguiça, o desperdício e a desonestidade. Dez por cento da riqueza portuguesa foi perdida para a corrupção nos últimos 30 anos. O dinheiro foi muito mal investido e permitiu o enriquecimento ilícito. Veja lá, estádios de futebol, Centro Cultural de Belém, pontes e viadutos por todo o lado. Andámos a viver de uma forma totalmente disparatada e agora temos de fazer dieta.
Soluções há muitas, mas no tempo da monarquia também já era assim: vivíamos acima das nossas possiblidades, mas sempre havia o império e poupava-se em eleições para o mais alto magistrado da Nação. D. Duarte de Bragança não revelou essas soluções; fica para quando for rei. Para já, tem outras preocupações, nomeadamente o litígio com Nuno da Câmara Pereira sobre a Ordem de S. Miguel da Ala.
Ligações: Cerimónia de inauguração da Câmara de Bragança foi homenagem justa a Jorge Nunes [Mensageiro de Bragança]; Entrevista | Duque de Bragança: “O Estado (português), em geral, só atrapalha” [Hoje Macau]; Penhora de 100 mil euros a D. Duarte em julgamento [Sol]; Nuno da Câmara Pereira ganha batalha judicial a D. Duarte [DN]; Ordem de S. Miguel de Ala [OSMA].
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