Acaba de ser publicado nos Estados Unidos um relatório que poderá pôr em causa as ideias que temos sobre o sal, nomeadamente dos limites ao seu consumo, que podem não ser justificados. Os americanos têm tido como limite 2 g de sal por dia, excepto os hipertensos, os diabéticos e os insuficientes renais a quem tem sido recomendado não ultrapassarem 1,5 g/dia, que é o valor limite indicado para todos pela American Heart Association. Só que um comité de peritos do Institute of Medecine acaba de reavaliar o impacto do consumo de sódio sobre a saúde, sublinhando que falta provar muita coisa, embora confirmando a influência do consumo nos riscos de doenças cardio-vasculares.
Os estudos realizados até agora não permitiam concluir mais nada para além de que a redução do consumo de sódio diminuía os riscos de patologias cardíacas ou cerebrais. Aliás, a redução do consumo de sódio (um dos elementos do sal puro, para além do cloro) pode mesmo agravar as patologias do coração. O doutor Brian Strom, presidente do comité de peritos, vai mesmo mais longe: "Quando se observam os subgrupos, há elementos que indicam que, quanto mais se reduz o teor de sódio, mais aumentam os problemas de saúde. Mas, por agora, há limites em termos de metodologia para esta investigação". Pelo seu lado, o doutor Alderman do Einstein College of Medecine confirma o impacto desta investigação: "O que eles fizeram abala as nossas convicções. Eles mudaram o paradigma do problema. Até à data, só se falava da hipertensão. Agora, verifica-se que é mais complicado. O relatório vai ter um impacto enorme".
O sal é muito importante para o nosso corpo, pois é a principal fonte de sódio, já que o nosso organismo não pode produzi-lo sozinho. O sódio desempenha um papel importante, pois regula o volume de líquidos no corpo, ajuda a assimilar vários nutrientes, regula a acidez e ajuda a digerir. A falta de sódio chama-se hiponatremia e é mesmo mortal.
Convém realçar que o relatório do comité de peritos não põe em causa as consequências do consumo excessivo de sódio nas patologias vasculares e cerebrais, mas trará novas recomendações nos próximos anos. Até lá, já podemos ter uma ideia dos alimentos a evitar. Os principais culpados estão identificados: os alimentos transformados, dos quais provém cerca de 75% do sal que ingerimos.
Convém realçar que o relatório do comité de peritos não põe em causa as consequências do consumo excessivo de sódio nas patologias vasculares e cerebrais, mas trará novas recomendações nos próximos anos. Até lá, já podemos ter uma ideia dos alimentos a evitar. Os principais culpados estão identificados: os alimentos transformados, dos quais provém cerca de 75% do sal que ingerimos.
Ligações: No Benefit Seen in Sharp Limits on Salt in Diet [NYT]; Sodium Intake in Populations: Assessment of Evidence [The National Academies Press]; How Salt Works [How Stuff Works]; Sodium Detector [Healthy Canadians].
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