sábado, 25 de agosto de 2007

CASA PIA: QUO VADIS ?

Profissionalismo e muita competência em dirigentes só dá chatices, porque os torna muito minuciosos e curiosos. Por isso, a Vice-Presidente da Casa Pia não quer pessoas com demasiado curriculum a chefiar o Departamento de Projectos e Obras.

Seguindo os ensinamentos e os conselhos dos seus amigos Costa e Mendes, lá descobriu uma técnica para o cargo.
Conforme se extrai da síntese curricular, anexa ao despacho de nomeação, essa "engenheira" foi cooptada, em 27 de Julho de 1986, pelo Secretário de Estado da Juventude do Prof. Cavaco Silva, para o seu Gabinete, com passagem, como técnica de 2ª classe, pela Direcção-Geral da Juventude e Instituto da Juventude, onde o seu apoio técnico na área de obras das pousadas de juventude foi muito notado (especialmente na Pousada de Almada). Daí resultou a sua passagem, em 12 de Setembro de 1992, para os serviços de instalações e equipamentos dos hospitais, através de uma requisição em boa hora do Hospital de Santa Maria. E lá se manteve nos hospitais e na área da saúde estatal até ao dia 13 de Fevereiro de 2007.
Até que começou a exercer funções de chefia na Casa Pia a partir de 14 de Fevereiro de 2007.
A senhora Vice-Presidente tinha grandes projectos de investimento na Casa Pia e, concretamente, no Colégio de Nossa Senhora da Conceição: era urgente remodelar...
Vai daí, como quem tem urgência não perde tempo, contratou-se o projecto a um arquitecto, a quem se deram os desenhos do edifício onde se queriam as obras e, assim, nem se perdia tempo a fazer levantamentos.
Feito o projecto, foi o mesmo mandado para a DGEMN a fim de ser lançado o correspondente concurso público da empreitada. E lá surge o concurso público na DREL, com publicação no Diário da República, comissões de abertura e de análise das propostas, audiências prévias etc... até que foi proposta a adjudicação a um empreiteiro e adjudicada a empreitada.
Feito o contrato e consignada a empreitada em 25 de Junho último, verifica-se agora que o projecto e os desenhos não eram os do local onde a senhora Vice-Presidente da Casa Pia queria fazer as obras.
Se os projectistas não foram ao local onde ia ser feita a obra, o Departamento de Projectos e Obras da Casa Pia não leu sequer o projecto, nem discutiu as soluções do projectista. E, por último, a DGEMN também pôs a concurso um projecto que não leu.
Depois do recente caso das microestacas do Mosteiro de Santos-o-Novo, mais outra conta do imenso rosário dos 17 anos da gestão Vasco Costa.
Agora, quem vai assumir as responsabilidades pelos prejuízos da empreitada de remodelação do Colégio de Nossa Senhora da Conceição da Casa Pia ?
A rescisão do contrato implica indemnização ao empreiteiro, pelos lucros cessantes e pelos danos emergentes.
Será que a impunidade vai continuar ?

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