segunda-feira, 14 de julho de 2014

BES: QUEM VAI PAGAR A CRISE

Ao contrário de outros bancos, o BES tentou evitar recorrer a dinheiros públicos através de aumentos de capital. Mas esta opção potenciou os problemas que levaram à actual situação, com o GES próximo da insolvência. Se ainda existiam dúvidas sobre a necessidade do BES recorrer ao Estado, os últimos acontecimentos ajudaram a desfazê-las. 
O BES está debaixo do fogo das agências de notação internacionais e encontra-se exposto à elevada dívida das empresas do GES, tendo-se colocado numa posição vulnerável face a eventuais processos judiciais dos clientes a quem vendeu papel comercial da ESI. 
A somar a isto tudo, o BES de Angola está na iminência de ser nacionalizado, o que segundo alguns analistas leva à necessidade de capitais da ordem dos 4,3 mil milhões de euros, o que, dado o desmoronar da credibilidade do grupo, torna a injecção de dinheiros públicos inevitável e urgente. 
Bem podem Passos e Maria Luís apregoar que os maus investimentos do GES não serão suportados pelos contribuintes. A realidade, pelos vistos, vai ser bem diferente. É preciso evitar danos colaterais antes que seja tarde demais.

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