O conselho do Banco Central Europeu deliberou, no dia 1 de agosto de 2014, suspender o estatuto de contraparte do Banco Espírito Santo S.A. e intimar esse banco português a pagar o montante de 10.000 milhões de euros ao Eurosistema, até à hora do fecho das operações do dia 4 de agosto.
O dia 1 de agosto foi uma sexta feira.
O dia 4 de agosto foi segunda feira.
Ou seja: o Banco Central Europeu entalou o banco português, forçando na sexta-feira uma solução que tinha que ser adotada até ao fim de segunda feira.
Nada fazia imaginar nessa sexta-feira, apesar de uma notícia que dava conta de que os prejuízos do BES se haviam cifrado em mais de 3.500 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2014, que houvesse uma ataque desta natureza a um dos maiores bancos portugueses. Bem pelo contrário, tudo indicava que estava em curso uma grande operação de tomada do capital do BES, nomeadamente por bancos estrangeiros, como o Goldmann Sachs, antigo patrão do administrador Moreira Rato.
No domingo, às 20 horas, reuniu o Conselho de Administração do Banco de Portugal, que aprovou, em minuta, uma ata que há-de ficar na história do sistema financeiro português.
(In MRA Newsletter)
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