Quando o Brasil ganhava o campeonato do Mundo, dizia-se que Deus era brasileiro. Nessa altura pontificava, como presidente do Comité Executivo da FIFA, o brasileiro João Havelange.
Este ano, a Espanha ganhou o campeonato do Mundo da Africa do Sul, depois de um apuramento difícil na fase de grupos, com uma derrota perante a Suíça, compensada por sucessivas arbitragens polémicas, que levaram a vitórias pela margem mínima, sobre Portugal (com um golo off-side), Paraguai (com um golo limpo anulado ao adversário) e Holanda (com derrube a Robben isolado não assinalado e, no prolongamento, reduzida a 10, com canto claro não assinalado a preceder o golo espanhol).
Seria, talvez, interessante fazer uma tabela correlacionando o sincronismo da nacionalidade dos teams vencedores do campeonato do Mundo e dos responsáveis máximos do Comité de Arbitragem da FIFA.
A lei do mais forte também é trivial no desporto e, em especial, onde corre muito dinheiro, como no futebol (basta conferir o panorama nacional). Claro que a Holanda é um país mais pequeno e bem menos influente e a vitória de Espanha caíu como sopa no mel: para além de ajudar a intermitir a crise económica, ajuda a atenuar as vozes independentistas (da Catalunya* e de Euskadi...) e dá forças para enfrentar as reivindicações marroquinas** sobre Ceuta e Melilha.
Algumas organizações internacionais, como dizia Saramago, não são paradigmas de ética e transparência, e é o quarto poder, através da sua actividade jornalística corajosa, que desperta a nossa consciência de cidadãos mais ou menos ingénuos e distraídos.
A este respeito, devemos relevar o programa Panorama da BBC e as suas reportagens, de que se destacam algumas sobre a FIFA***.
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*Veja a entrevista de Joan Saura à Televisió de Catalunya 3 (12 Julho), a propósito da manifestação independentista de 10 Julho 2010, em Barcelona.
**No dia 17 Maio 2010, o primeiro ministro marroquino Abbas El Fasi, em discurso proferido perante a sessão plenária da Câmara dos Representantes, apelou a abertura de um diálogo construtivo para pôr fim à ocupação espanhola de Ceuta e Melilla.
***Sugerimos que confira:
The beautiful bung: corruption and the world cup;
FIFA president in bribery probe;
BBC Panorama, Dec 10: Andrew Jennings button holes Jack Warner;
Investigating bribes and kickbacks paid to FIFA officials.
A lei do mais forte também é trivial no desporto e, em especial, onde corre muito dinheiro, como no futebol (basta conferir o panorama nacional). Claro que a Holanda é um país mais pequeno e bem menos influente e a vitória de Espanha caíu como sopa no mel: para além de ajudar a intermitir a crise económica, ajuda a atenuar as vozes independentistas (da Catalunya* e de Euskadi...) e dá forças para enfrentar as reivindicações marroquinas** sobre Ceuta e Melilha.
Algumas organizações internacionais, como dizia Saramago, não são paradigmas de ética e transparência, e é o quarto poder, através da sua actividade jornalística corajosa, que desperta a nossa consciência de cidadãos mais ou menos ingénuos e distraídos.
A este respeito, devemos relevar o programa Panorama da BBC e as suas reportagens, de que se destacam algumas sobre a FIFA***.
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*Veja a entrevista de Joan Saura à Televisió de Catalunya 3 (12 Julho), a propósito da manifestação independentista de 10 Julho 2010, em Barcelona.
**No dia 17 Maio 2010, o primeiro ministro marroquino Abbas El Fasi, em discurso proferido perante a sessão plenária da Câmara dos Representantes, apelou a abertura de um diálogo construtivo para pôr fim à ocupação espanhola de Ceuta e Melilla.
***Sugerimos que confira:
The beautiful bung: corruption and the world cup;
FIFA president in bribery probe;
BBC Panorama, Dec 10: Andrew Jennings button holes Jack Warner;
Investigating bribes and kickbacks paid to FIFA officials.
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