As obras de requalificação da ponte suspensa sobre o Tejo incluem a pintura de animais marinhos na superfície das sapatas de betão dos pilares.
Não sabemos se é como a história dos azulejos municipais que revestem as paredes da capital, que custaram (e custam) dinheiro e não aproveitam a ninguém, em que a cultura (sobretudo da austeridade), anda muito longe dos dirigentes e gestores do nosso País, seja na Administração Central e Local, seja em empresas públicas falidas, como a Estradas de Portugal, EP.
Embora nada tenhamos contra o Projecto Ponte Viva, não podemos concordar que, em época de crise financeira, em que se manda os cidadãos fazerem sacrifícios e apertarem o cinto, se continue a delapidar o erário público em trabalhos e despesas desnecessárias (as pinturas em causa saem demasiado caras, só para obter efeitos visuais).
Em contraponto, no Terreiro do Paço, há três acrotérios desaprumados e em risco de ruír (se houver um pequeno sismo) e não há dinheiro para os reabilitar. O restante património arquitéctonico nacional, algum classificado como património mundial, continua sem conservação e ao abandono !
Em contraponto, no Terreiro do Paço, há três acrotérios desaprumados e em risco de ruír (se houver um pequeno sismo) e não há dinheiro para os reabilitar. O restante património arquitéctonico nacional, algum classificado como património mundial, continua sem conservação e ao abandono !
Ligação: Leia a justificação da Estradas de Portugal, EP para estas pinturas: "persecução da sua política de sustentabilidade e responsabilidade, decidiu conjugar a necessidade de execução destes trabalhos com a realização de uma iniciativa de sensibilização e promoção ambiental e científica, denominada Ponte Viva." (sic). De facto. é assim que se persegue a responsabilidade, já que, para a sustentabilidade, cá está o Zé Povinho.
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