quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

PRATICAR 'SEXTING' SEM TER VONTADE

Os adultos jovens que se dedicam ao sexting - perdão, à textopornografia - fazem-no muitas vezes sem ter realmente vontade e menos por prazer ou por necessidade. O que não é muito diferente das relações sexuais verdadeiras, segundo um estudo da Indiana University - Purdue University de Fort Wayne, nos EUA. 
A questão central é o que os dois psicólogos que dirigiram o estudo, Michelle Drouin et Elizabeth Tobin, chamam sexting consentido mas não desejado e que o Huffington Post sintetiza em enviar sextos quando não se está de bom humor. O estudo sexting consentido mas não desejado não nos diz só o que é trivial entre adultos jovens mas, mais que isso, que o comportamento online estaria, de facto, muito próximo do sexo consentido mas não desejado. 
Estudos anteriores sobre a vida sexual dos casais demonstraram que os casais se entregam ao acto sexual, mesmo sem vontade, só para satisafazerem o seu parceiro e evitar uma briga. Com o telemóvel e o e-mail, o sexo electrónico pratica-se pelas mesmas razões. 
E para chegar a esta conclusão, os investigadores fizeram um inquérito sobre os hábitos "sextuais" de 159 estudantes que têm (ou tiveram) um relacionamento duradoiro. Mais de metade, independentemente do seu sexo, admitiram ter trocado sextos sem ter vontade, num âmbito muito semelhante ao de estudos anteriores recentes sobre o sexo consentido mas não desejado, como um de 1994, citado pelo Huftington Post, em que 55% das inquiridas e 35% dos inquiridos masculinos declaravam ter praticado este tipo de relações sexuais. 
Contrariamente ao sexo não desejado, que aumenta ligeiramente para as mulheres, as investigadoras notam aqui que o sexting não desejado precocupa quase equitativamente homens e mulheres. 
Porquê aceitar, então, enviar sextos quando não se tem vontade? Para os estudantes que responderam ao inquérito, trata-se principalmente de seduzir, de se entregar a preliminares, de satisfazer um desejo do parceiro, ou de alimentar a intimidade no seio do casal, de encontrar os mais ansiosos, os que se sentem diminuídos por serem abandonados ou alienados pelos seus grupos. 
Este estudo vai no mesmo sentido de um outro, efectuado na Universidade de Antuérpia, publicado em Outubro 2013, em que, num universo de 500 adolescentes, se concluia que os sextos eram enviados por pressão social dos seus namorados ou amigos. Como explica o Express.be num artigo de 23 de Dezembro. Assim, os investigadores chegaram à conclusão que os amigos e os parceiros amorosos têm um impacto maior na prática de sexting que a opinião pessoal dos indivíduos sobre este assunto. Os cientistas realçam que os adolescentes, ao praticarem o sexting, querem dar uma imagem positiva deles próprios ao seu parceiro ou ao seu círculo de amigos próximos.


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