domingo, 2 de setembro de 2012

PARTIDARIZAÇÃO DA JUSTIÇA ?

A directora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Cândida Almeida, foi conferencista convidada na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide. onde afirmou: 
O nosso país não é um país corrupto, os nossos políticos não são políticos corruptos, os nossos dirigentes não são dirigentes corruptos. Portugal não é um país corrupto. Existe corrupção obviamente, mas rejeito qualquer afirmação simplista e generalizada, de que o país está completamente alheado dos direitos, de um comportamento ético (...) de que é um país de corruptos.
Cândida Almeida lamentou a frequente violação do segredo de justiça, principalmente através da comunicação social, que revela a existência de processos e acaba por fazer desaparecer documentos importantes
Na oportunidade, a procuradora respondeu a perguntas e referiu-se em público a casos concretos de processos, o que não fica muito bem a quem devia ser garante do segredo de justiça e da imparcialidade. Por outro lado, a comparência de uma magistrada dirigente do MP numa evento partidário não é de modo nenhum uma manifestação de isenção. É que, se foi à  Universidade de Verão do PSD, não deveria ir também a realizações de outros partidos ?
Afirmações como os nossos políticos não são corruptos não bastam quando há casos (como o do BPN, das ppp, Freeport, submarinos...)  em que há fortes indícios do comprometimento de políticos e cujo esclarecimento o MP devia promover o mais rapidamente possível.

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