Se na Cultura, jurista ou engenheiro tanto dá, equiparando-se o perfil de engenheiro civil (do titular anterior) e o perfil de jurista do novo Chefe da DIPO, no Instituto Português da Juventude (IPJ), a política conseguia, em 2003, equiparar os conhecimentos de projectos e obras de um engenheiro civil aos de um animador cultural, sem qualquer licenciatura.
Tal proeza deve-se ao então Secretário de Estado da Juventude e dos Desportos (do governo Barroso), Hermínio Loureiro, que, através do Despacho nº6170/2003 (2ª Série), de 2-03, exonerou Amilcar Morais, ex-DGEMN e engenheiro civil, do cargo de Chefe de Divisão do Núcleo de Infra-estruturas do IPJ e substituiu-o pelo técnico especialista principal de animação cultural, João Manuel Perestrello Monteiro Leite, através do Despacho nº6172/2003 (2ª Série), de 2-03.
Posteriormente a ter exercido o cargo de Secretário de Estado da Juventude e Desportos, Hermínio José Loureiro Gonçalves (PSD) não deixou mais a ribalta, tendo sido Presidente da Liga de Futebol Profissional e sendo, actualmente, Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis.
O ex-DGEMN Amilcar Morais, que teve um contributo decisivo no maior lançamento da construção de pousadas de juventude de sempre, foi assim despedido, sem apelo nem agravo, por ter feito um trabalho notável face aos exíguos recursos humanos disponíveis, com execução total dos fundos comunitários consignados à medida de turismo juvenil do QCA II.
Daqui se conclui que, com estas concepções de "boa gestão" e de "prosseguimento de interesse público" de Hermínio Loureiro não vamos longe. Talvez um dia destes os seus eleitores lhe peçam responsabilidades.
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