O acompanhamento e a gestão da conservação do conjunto monumental do Terreiro do Paço esteve, de 30 de Abril de 1929, até à sua extinção, em 27 de Agosto 2007, a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Fazia sentido que fosse um único organismo - também sediado na Praça do Comércio - a coordenar a manutenção de um espaço emblemático da cidade e do País, ocupado por várias entidades, principalmente ministérios e gabinetes de ministros, que celebrizaram o Terreiro do Paço como símbolo do poder.
Com a morte da DGEMN, que prestava um serviço público não remunerado, sucederam-lhe vários organismos (IGESPAR, DRCLVT e IHRU) e empresas públicas deficitárias (Frente Tejo, Parque Expo...) a pretenderem substituir a nossa Direcção-Geral, através de um serviço remunerado, altamente oneroso do bolso do contribuinte, sem história, sem experiência em reabilitação e sem qualidade. Substituir um organismo por várias entidades - que por serem várias têm dificuldade em coordenar e centralizar -, bem mais caras e que prestam um serviço bem pior, constitui um caso cada vez mais paradigmático da má gestão do País. Porque não se aplica o princípio da melhoria incontestável ? Nem sempre compensa mudar.
Na véspera do 10 de Junho, foi inaugurada mais uma fase da nova imagem da Ala Oriental (agora baptizada de "Nascente" a condizer) como espaço de lazer ao nível do claustro, com esplanadas, restaurantes, cafés, uma discoteca, um museu e a florista, que deixou de pagar renda a um empreiteiro pela guarda das flores e, passou a pagar à Câmara de Lisboa. «Era um local que não rendia um cêntimo sequer e agora vai gerar uma riqueza de 1,8 milhões, só em rendas, além do lucro conseguido por casa estabelecimento», diria, na oportunidade, António Costa, imbuído do espírito comercial com que a crise tem inspirado os nossos autarcas.
Ligações:Agora é que a Ala Nascente vai mesmo nascer (Veja como vai ficar a Ala Oriental); Terreiro do Paço tem novo espaço de lazer; Ala Nascente - Terreiro do Paço (Turismo de Portugal).
Com a morte da DGEMN, que prestava um serviço público não remunerado, sucederam-lhe vários organismos (IGESPAR, DRCLVT e IHRU) e empresas públicas deficitárias (Frente Tejo, Parque Expo...) a pretenderem substituir a nossa Direcção-Geral, através de um serviço remunerado, altamente oneroso do bolso do contribuinte, sem história, sem experiência em reabilitação e sem qualidade. Substituir um organismo por várias entidades - que por serem várias têm dificuldade em coordenar e centralizar -, bem mais caras e que prestam um serviço bem pior, constitui um caso cada vez mais paradigmático da má gestão do País. Porque não se aplica o princípio da melhoria incontestável ? Nem sempre compensa mudar.
Na véspera do 10 de Junho, foi inaugurada mais uma fase da nova imagem da Ala Oriental (agora baptizada de "Nascente" a condizer) como espaço de lazer ao nível do claustro, com esplanadas, restaurantes, cafés, uma discoteca, um museu e a florista, que deixou de pagar renda a um empreiteiro pela guarda das flores e, passou a pagar à Câmara de Lisboa. «Era um local que não rendia um cêntimo sequer e agora vai gerar uma riqueza de 1,8 milhões, só em rendas, além do lucro conseguido por casa estabelecimento», diria, na oportunidade, António Costa, imbuído do espírito comercial com que a crise tem inspirado os nossos autarcas.
De resto, foi no âmbito dessa proclamada inspiração, que ontem tivemos - em mais um evento comercial dos supermercados Continente -, o campo na Praça do Comércio, com árvores, porcos, galinhas e perús, a invadir a cidade. Para quem não tivesse notado, fica demonstrado que a crise despromoveu definitivamente o Terreiro do Paço e que o poder já há muito se mudou para Bruxelas. Os vestígios que restam não passam de simples encenação.
Ligações:Agora é que a Ala Nascente vai mesmo nascer (Veja como vai ficar a Ala Oriental); Terreiro do Paço tem novo espaço de lazer; Ala Nascente - Terreiro do Paço (Turismo de Portugal).
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