Quem paga a crise são sempre os mesmos. Como temos dito, em democracia são todos iguais, só que alguns são mais iguais que outros, ou porque têm cartão partidário, da maçonaria ou de qualquer outra "prestimosa" organização.
Não há muito tempo, um conhecido economista da área do PS trocou o convite para a pasta das Obras Públicas, Transportes e Comunicações pelo lugar de Presidente da PT. Agora. surge outro economista - neste caso ligado ao PSD - a não deixar os seus créditos por mãos alheias, sob o olhar complacente dos seus correlegionários e o lavar de mãos do Primeiro Ministro.
Diz José Paulo Silva, do Correio do Minho, num artigo intitulado "Obrigado Catroga":
O ex-ministro Eduardo Catroga vai em breve ser eleito presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP. Catroga, respeitável economista, 70 anos de idade, vai ganhar 45 mil euros mensais, valor que acumula aos 9 600 euros que recebe de pensão.
Num tempo de congelamento de salários e de corte de subsídios para muitos portugueses custa a entender tão alta remuneração. Custa-nos a nós que não somos brilhantes economistas como o dr. Catroga. “50% do que eu ganho vai para impostos. (...)
Tal e qual. Talvez, mais breve do que muitos pensam, os "bombos da festa" que suportam a crise digam basta. É que pior que a crise financeira é a crise de valores. E há o direito à indignação, não é ?
Ligações: Veja os vídeos da entrevista de Eduardo Catroga ao Expresso; Defesa vai pagar férias a militares (Correio da Manhã, hoje); Reformados da banca continuam a receber 14 pensões por ano (DN, 28 Out. 2011).
Sem comentários:
Enviar um comentário