No começo de 2012, o Grupo Jerónimo Martins anunciou em comunicado a mudança da sua sede para a Holanda, seguindo o exemplo de outros que lhe antecederam na decisão. E, provávelmente, outros grupos se seguirão.
Bem podem os nossos políticos apregoar que os ricos paguem a crise. Quando a carga fiscal e os sacrifícios ultrapassam o limite do admissível, os grupos económicos e as próprias pessoas acabam por ser empurrados para a emigração. O habitat do capital nunca foi o dos impostos elevados. A prova disso é a proliferação de off-shores, justamente em ilhas e pequenos territórios sem recursos.
Quando os impostos são elevadíssimos, os cidadãos emigram ou deixam de os pagar, passando a ser compensador a fuga ao fisco e o aumento da economia paralela.
Isto quer dizer, que as franjas da sociedade não vão pagar a crise. Os pobres não têm por onde pagar e os ricos fogem para o estrangeiro. Resta a classe média dos funcionários e pensionistas, se conseguirem resistir à míngua.
Será que alguns dos nossos políticos são tão ingénuos ou convencidos que não prestaram a devida atenção aos avisos de vários economistas nacionais que - como Manuela Ferreira Leite* - dizem que a carga fiscal ultrapassou o limite ?
_____________________________*Receita fiscal ultrapassou limite admissível
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