Marcelo diverte-se* aos domingos a mandar umas "bocas" na TV, navegando entre a realidade e a ficção, e procurando criar factos políticos, de modo a chamar a atenção durante o maior tempo possível, até ao próximo programa.
Aprendiz de Maquiavel e de Richelieu, Marcelo não aprendeu muito com o seu pai**, nem com o seu padrinho***: não conseguiu chegar nem a presidente da Câmara de Lisboa, nem a primeiro ministro, apesar de ter conseguido ser líder do PSD.
E ser professor catedrático, quando se estudou no tempo da velha senhora em que havia exames a sério, pode ser sinónimo de inteligência, mas pode não ser um atestado de equilíbrio, bom senso e sentido de responsabilidade, que é o que se vai exigindo cada vez mais aos políticos, sobretudo em tempo de crise.
Talvez por isso, Marcelo nunca chegou a lugares de topo da hierarquia do Estado, o que naturalmente tem consequências freudianas. Representar o papel de comentador, imaginar uma intriga e conseguir com ela pôr uns patins a um dirigente partidário, mesmo que seja do seu PSD, eis o supremo gozo de Marcelo.
Um líder forte não precisa destas golpaças, disse Marcelo no passado domingo, na TVI. Mas será que um comentador fraco precisa destas "tiradas" para chamar a atenção sobre si próprio e promover a sua audiência ?
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* E ganha dinheiro.
* E ganha dinheiro.
**Baltazar Rebelo de Sousa, médico, ministro, deputado e ex-Governador Geral de Moçambique.
***Camilo Lemos de Mendonça, engenheiro agrónomo, devoto do nordeste trasmontano e primeiro presidente da RTP.
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