quinta-feira, 17 de maio de 2012

O FAZ DE CONTA DAS NOMEAÇÕES

Há vários anos que ouvimos falar em transparência, isenção e rigor na nomeação dos dirigentes da Administração Pública. Tem-se legislado demais, sob o pretexto de que se pretende aperfeiçoar, mas têm sido os militantes dos partidos mentores dos sucessivos diplomas os primeiros a contorná-los. É que há sempre um compadre do partido que está no poder para entrar e, como diz o ditado, a ocasião faz o ladrão, que, neste caso, nunca se assume.
O ministro das Finanças veio a público apresentar as novas regras de contratação de dirigentes, garantindo que o novo processo contribuirá para uma maior transparência e rigor na escolha dos funcionários e que, assim, o Estado dará um exemplo de disciplina e imparcialidade.
Ora, a garantia dada pelo ministro na tomada de posse da comissão de recrutamento e selecção não pode deixar-nos descansados. Os portugueses já estão fartos de promessas, de grupos de trabalho, de comissões e de inquéritos (até às últimas consequências e doa a quem doer), que acabam em nada.
Sinceramente, não estamos a ver que o(s) partido(s) do poder prescinda(m) de nomear, a todos os níveis, para o débil aparelho de Estado, os seus apaniguados. 

Ligações: Próximo Governo: "No jobs for the boys"?O faz de conta de alguns concursos; +2Institutos públicos fogem a novas regras para contratar dirigentes.

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