Manuel António Pina, na coluna Por Outras Palavras do JN, associa a reacção internacional à evolução “inoportuna” da crise grega, como medo da democracia. Mas, não será a crise – ela própria - inimiga da democracia e propícia ao populismo ? Lá diz o ditado: casa onde não há pão… Não foi pela Democracia, e com a ajuda da corrupção, que nos puseram a viver acima das nossas possibilidades ? Não podemos – nem devemos - esperar que outros assumam a nossa irresponsabilidade e paguem a nossa incapacidade.
Mas, transcrevamos:
(…)
Na prática da Democracia, o Governo [grego] decide-se por um processo democrático básico e Sarkozy fica “consternado” e considera a decisão “irracional” enquanto alemães e FMI se mostram “irritados” e “furiosos” com ela. E Merkel e Sarkozy assinam um comunicado conjunto dizendo-se “determinados” a fazer com que a Grécia cumpra as suas imposições e lhes ceda o que ainda lhe resta de soberania.(…)
Na prática da Democracia, o Governo [grego] decide-se por um processo democrático básico e Sarkozy fica “consternado” e considera a decisão “irracional” enquanto alemães e FMI se mostram “irritados” e “furiosos” com ela. E Merkel e Sarkozy assinam um comunicado conjunto dizendo-se “determinados” a fazer com que a Grécia cumpra as suas imposições e lhes ceda o que ainda lhe resta de soberania.(…)
O medo que esta gente, que tanto fala em Democracia, tem da Democracia é assustador. Aparentemente, o projecto de suspensão da Democracia por 6 meses (ou por 48 anos) estará já em curso. Pinochet aplicou ao Chile as receitas de Milton Friedman suspendendo sangrentamente a Democracia. Como é que “boys” de Chicago como Gaspar e Santos Pereira, que chegaram a ministros sem nunca antes terem governado sequer uma mercearia, o fariam em Democracia ?
Ligação: O medo da democracia.
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