quinta-feira, 28 de julho de 2011

FRENTE TEJO VAI SER EXTINTA

A Frente Tejo, SA foi uma das entidades que assumiu competências da DGEMN, no lançamento e gestão de obras públicas em edifícios classificados. Enquanto a DGEMN prestava os seus serviços gratuitamente ao Estado, a Frente Tejo, SA onerou a dívida pública em vários milhões de euros, quer pelos seus custos de funcionamento, quer pela ausência de concursos e de gestão técnica adequada dos empreendimentos, em antítese com as competèncias na matéria, demonstradas durante anos pela DGEMN.
Segundo o jornal "i", a Frente Tejo SA, vai ser desmantelada. É uma boa notícia para o erário público e para o País. Basta ler este extracto do artigo:

A Frente Tejo SA tem um conselho de administração presidido por João Biencard Cruz e três vogais: Rita Barata Cabral, Isabel Feijão Ferreira e Luís Pedro Catarino. Segundo o relatório de Gestão e Contas da Frente Tejo de 2010, a remuneração base de João Biencard Cruz ficou em 5871 euros mensais depois de o governo Sócrates ter cortado em 5% o vencimento dos gestores públicos, em Junho de 2010. Antes era de 6180 euros. Rita Cabral e Isabel Ferreira passaram a receber 5016 euros mensais, quando antes recebiam 5280. Já Luís Pedro Catarino recebe agora 9769 euros mensais - vencimento superior ao do presidente do conselho de administração -, quando recebia 7125 euros. Luís Catarino, que passou pela empresa Sim Tejo, optou por manter o ordenado anterior.
Aos quatro membros da administração junta-se uma estrutura de apoio com três pessoas - uma secretária, um assistente de direcção e um responsável administrativo - que custa 60 mil euros mensais.
A sociedade de capitais públicos também paga senhas de presença a três pessoas da mesa da assembleia-geral: 600 euros à presidente, Filomena Bacelar, 500 euros à vice-presidente, Clara Silva Santos, e 400 euros à secretário, Maria Pita Dias. A assembleia-geral reuniu-se 11 vezes em 2010, com um custo de 16 500 euros.

Imagine-se, se a gestão das obras realizadas através da Frente Tejo SA, tivesse sido feita pela DGEMN, quanto é que o País teria poupado ?
Fica-se, agora, a saber por que é que quiseram extinguir uma Direcção-Geral, criada em 1929, por Salazar, na sequência da crise financeira de então, para poupar recursos e acabar com a "balbúrdia" nas obras públicas nacionais.
Conforme temos escrito aqui, em nosso entender, com fundamento na experiência de décadas nesta matéria, deve ser criado um organismo que integre as competências das extintas Direcção-Geral do Património do Estado e da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.

Ligações: Frente Tejo SA. Governo desmantela empresa e poupa 400 mil euros anuais em salários; Gestão do património imobiliário público,

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