Hoje, na Assembleia da República, foi o primeiro frente-a-frente de António José Seguro, como secretário-geral do PS, com Passos Coelho, como primeiro ministro.
Seguro - que já foi líder da bancada do PS - levou um estilo educado e sereno e evitou entrar em debate truculento, reafirmando o compromisso do memorando de entendimento com a ‘troika' e evidenciando as diferenças com os outros subscritores do memorando.
Seguro reafirmou que o PS honrará o memorando, mas avisou que há medidas no programa, apenas programáticas, que poderão não ter o acordo dos socialistas, caso criem mais austeridade sem sensibilidade social, manifestando-se, contudo, disponível para acordos com todos os partidos - e com o Governo nomeadamente - em matérias como a corrupção e a revisão das leis eleitorais. Mas avisou desde logo que o PS não abdicará de defender os seus "valores e princípios" e fará uma oposição "construtiva e responsável" e não de "bota abaixo".
Acusou Passos de não ter uma estratégia de crescimento económico:"Mais austeridade a somar a austeridade significa puxar a economia para baixo e aqui há uma diferença ideológica (entre PS e Governo). Deve haver equilíbrio e deve apostar-se no crescimento económico. Não existe no programa do Governo uma estratégia, nem uma trajectória sustentada para fazer crescer a economia".
O "caso Bairrão" não foi esquecido, bem como as nomeações para a CGD e o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal.
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