O ex-primeiro-ministro da Islândia Geir Haarde está a responder perante o Landsdomur (tribunal especial), por alegadamente ser responsável pela bancarrota económica do país, podendo ser condenado a uma pena máxima de dois anos de prisão.
Após duas horas e meia de audiência, dedicada a uma solicitação feita pela defesa para a retirada das acusações, o Landsdomur, que nunca havia sido convocado antes deste julgamento, adiou "sine die" os debates e, dentro de algumas semanas tornará pública a sua decisão sobre o prosseguimento ou não do julgamento.
Recorde-se que, em 2008, Haarde chefiava o governo de Reiquiavique em 2008, quando o país entrou na maior crise financeira da história, com a falência dos três maiores bancos do país, que contavam com activos equivalentes a 923% do Produto Interno Bruto (PIB) da Islândia. Posteriormente, em dois referendos, os islandeses rejeitaram soluções para reembolsar os cerca de quatro mil milhões de euros que os governos da Holanda e do Reino Unido gastaram para compensar os depositantes que perderam os seus depósitos.
Se a ideia de responsabilizar os políticos se estender da Islândia a toda a Europa, imagine-se o que poderá acontecer a muitos dos nossos políticos. Se a nossa justiça funcionar, claro.
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