Vejam só esta engenharia financeira, em que com o dinheiro que se acabou por gastar para comprar 12 aeronaves se podiam ter comprado 17. Foram mais 115 milhões de euros do que o previsto (390 milhões).O modelo foi o seguinte, conta o semanário SOL, na sua última edição:
O Ministério da Defesa criou criou uma empresa, a DEFAERLOC, só com o objectivo de ser esta a comprar as 12 aeronaves [modelo C-295M para transporte militar] ao candidato vencedor, o consórcio europeu EADS-CASA. A seguir, a Defesa fez um contrato de locação com a DEFAERLOC, pelo qual esta lhe alugou os aviões, para uso da Força Aérea, mediante o pagamento de rendas. A DEFAERLOC pediu seguidamente um empréstimo a um sindicato bancário (Caixa-Banco de Investimento, BES, BCP e BPI) para poder fazer a aquisição, cedendo-lhe o direito sobre os créditos resultantes do aluguer dos aviões. E assim, no fim, foi o Estado quem pagou directamente aos bancos as rendas as ‘rendas’ pelo aluguer dos aviões – sendo a DEFAERLOC apenas uma sociedade meramente instrumental.
A responsabilidade directa do contrato, de 2006, é - segundo o SOL - dos então ministros da Defesa (Luis Amado) e das Finanças (Teixeira dos Santos).
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