Com o objectivo de reduzir o défice público, entre 2006 e 2010, o governo Sócrates decidiu vender à Estamo 30 instalações do ministério da Justiça, por 236,9 milhões de euros. Destas instalações, cinco são estabelecimentos prisionais, tendo sido vendidos Lisboa (EPL), Alcoentre e Custóias por 65,7 milhões de euros e Pinheiro da Cruz por 81,2 milhões, mas continuando a ser ocupadas pelo Ministério da Justiça, que passaria a pagar rendas à Estamo.
O então ministro da Justiça Alberto Costa tinha por objectivo construir 10 novas prisões, investindo 750 milhões de euros. O estabelecimento prisional de Lisboa passaria para Almeirim*, onde seriam investidos 110 milhões nas novas instalações.
Uma gestão “brilhante”, se atentarmos no valor das vendas, feitas por ajuste directo à Estamo**, que, para efectuar os pagamentos ao Ministério da Justiça, certamente recorreu à banca, provavelmente dando como garantia os prédios.
Um bom exemplo para os esbanjadores da nossa praça. Agora adivinhem quem vai pagar os encargos desta engenharia financeira.
Ao menos, ficámos a saber pelo secretário de Estado Fernando Santo*** que vão ser feitas obras de ampliação nos estabelecimentos prisionais existentes e que os novos vão ficar para as calendas. Esperamos é que estas obras de ampliação não fiquem mais caras que os edifícios novos, como acontece com as remodelações em curso nas escolas.
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* Em homenagem à sopa da pedra.
** Empresa do universo da Parpública.
*** Em declarações ao SOL.
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