Pela segunda vez, este ano, foi revisto em alta o défice de 2010, agora de 8,6% para 9,1% do PIB, o que vai determinar (ainda) mais austeridade. Segundo o INE, estes números vêm na sequência do pedido de ajuda externa solicitado pelo nosso País, o que não abona muito a credibilidade do governo e nos deixa com a sensação de que, se não fosse a "troika" continuaríamos com números de défice irreais.
O impacto nas contas públicas das PPP, do BPN e do BPP foram questionados, em variadíssimas ocasiões (nomeadamente na Assembleia da República), pelos vários partidos da oposição, sem qualquer resposta, por parte do governo.
Os cidadãos têm direito a conhecer a real situação financeira do País e estão fartos de desculpas "esfarrapadas", como a alteração de normas de contabilização dos números. Independentemente da normativa, os encargos para os contribuintes com o BPN, com o BPP e com as PPP, por exemplo, existem e vão saír bem caros aos portugueses (aos do costume). E fica claro que, se os défices indicados pelo governo eram irreais, também eram irreais - e, portanto, inúteis e pura perda de tempo - os PEC's correspondentes, que os justificavam.
Afinal, quantos milhares de milhões de Euros é que vamos ter que pagar pelas PPP, 29.000, 49.000 ou 59.000 ? E esses contratos serão legais e equitativos ? Se não são - como a existência evidente nalguns de riscos só para o Estado - os contratos devem ser denunciados e considerados nulos, responsabilizando civil e criminalmente quem, em representação do Estado, os subscreveu. É hora de dizer, basta!
O comentário de Gomes Ferreira
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