A despesa com juros da dívida pública vai aumentar 26% em 2011, face aos quase cinco mil milhões de euros que o Governo espera gastar este ano. O Relatório do Orçamento de Estado prevê, só em juros, que as administrações públicas vão gastar 6,3 mil milhões de euros no ano de 2011.
Entretanto, os sinais de desperdício e a falta de rigor continuam, quando os media referem que o Governo vai gastar 23 milhões de euros em seminários e publicidade e 53 milhões em pareceres jurídicos e serviços de consultadoria, ou conferem que, pelo menos, 9 das entidade a extinguir, anunciadas pelo Governo, já não existem.
Enquanto lá por fora se dão sinais de poupança, com a extinção de organismos e ministérios e a redução de postos de trabalho no sector público, por cá, os jogos políticos continuam, qual novela da vida real.
Quase toda a gente considera que a proposta de OE 2011 do governo é má e baseia-se num cenário macroeconómico irrealista e, difícilmente, as alterações que o maior partido da oposição propõe, serão aceites pelo governo. Estas alterações têm implícita a corresponsabilização política desse partido num mau orçamento, que não estabelece qualquer estratégia para ultrapassar a crise económica e financeira que o País atravessa.
É urgente mudar de governo e ter uma estratégia. Chega de dialéctica fútil e de sofismas. Pedir cada vez mais sacrifícios ao povo não é solução, quando estes apenas vão servir de paliativos de uma dívida pública congénita da II República, que parece não ter soluções legais para, em tempo útil, vencer a crise e preparar o futuro.
Não temos líderes à altura. É tempo de ruptura e de despedir os políticos actuais. Parafraseando Camões: um fraco rei faz fraca a forte gente. É urgente um novo rumo. É urgente um governo de salvação nacional.
Meditemos, mais uma vez, na reflexão do Padre Ventura.
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