terça-feira, 26 de outubro de 2010

Rei da República: Cavaco quer suceder a Cavaco

Enquanto hoje, ao fim da manhã, PSD e PS prosseguem uma quarta ronda negocial de um mais que provável acordo, às 20 horas, no Centro Cultural de Belém (CCB), Cavaco anuncia com pompa e circunstância a sua recandidatura.
O palco é o mesmo quando, há cinco anos, se apresentou como candidato e o discurso poderia muito bem ser o mesmo. O ritual eleitoral reluz, agora com o País mais pobre e em situação bem mais difícil. Cavaco irá surgir como o guardião da estabilidade, que pôs cobro às traquinices entre Passos e Sócrates, com o orçamento viabilizado, e irá relançar o desígnio de contribuir para que o nosso país reencontre o caminho do progresso e da melhoria de condições de vida dos portugueses, com sentido de solidariedade, sem perigos de ruptura e instabilidade.
À hora do telejornal, a sala Fernando Pessoa brilhará com apoiantes, como Ramalho Eanes (Comissão de Honra), Luís Palha (director de campanha), Lobo Xavier (mandatário pelo Porto), Lobo Antunes, Medina Carreira (Lisboa) e Kátia Guerreiro (juventude).
Certamente Cavaco - que foi professor de economia e finanças -, não irá dizer que poderia ter impedido que o País chegasse à situação financeira crítica a que chegou, se tivesse tomado as decisões oportunas que lhe competiam. Pela simples razão de que promover um governo de salvação nacional teria custos políticos inevitáveis e não teríamos hoje a estreia da sua recandidatura.
Seguindo o exemplo de quase todos os seus antecessores, Cavaco sempre quis suceder a ele próprio, a bem da Nação.  Afinal, já tem experiência na função e o poder é um sacrifício que toca fundo o coração de muita gente.


Sugestao: Leia  o nosso post O que Cavaco devia ter feito e não fez

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