A forma como o Governo aumentou o capital da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em 550 milhões de euros no passado fim de semana, no terminus de 2010.
Se bem que o governador do Banco de Portugal tenha pré-avisado há semanas que os bancos precisariam de reforçar os seus capitais, devido a uma maior exigência das regras internacionais de Basileia, fica-se com uma sensação de falta de transparência em relação à gestão da CGD e à delimitação entre a sua vertente pública e a privada.
Não se percebe, por exemplo, qual é a lógica para salvar algumas empresas, ou porque razão se acumulam participações estratégicas, ou se entra em determinados mercados internacionais e não noutros.
Preferíamos que o Estado, através da CGD, se metesse menos em negócios para os quais não está vocacionado e que contribuisse mais para que a economia fosse financiada a um preço mais competitivo.
O País ainda desconhece para que foram os 4,6 mil milhões de crédito do Estado ao BPN e já se fica com a sensação de que este aumento de capital de 550 milhões pode estar relacionado com o montante do mesmo valor, necessário para repor a solvabilidade da mesma instituição de crédito.
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