A recusa dos partidos da oposição em viabilizar o novo plano de austeridade, apresentado de surpresa a semana passada, veio precipitar a crise política. Se o novo PEC for chumbado no parlamento, não resta outra alternativa ao governo senão demitir-se.
O primeiro ministro alerta o País para a inevitabilidade de pedir ajuda externa se o PEC for chumbado e diz que nos últimos meses não fez outra coisa senão relançar a confiança dos mercados para evitar um pedido de ajuda que envolva o FMI. Mas, começa, agora, a perceber-se que o novo plano de austeridade é uma moeda de troca para Portugal apresentar em breve um pedido de ajuda ao Fundo de Estabilização Financeira da Europa e este Fundo está associado ao FMI.
A polémica está lançada, numa altura em que os mercados continuam a castigar Portugal com juros incomportáveis e, também, numa altura em que os preços em Portugal - nomeadamente dos combustíveis - voltam a subir e a pressionar a inflação.
O mote estava lançado, por Gomes Ferreira, para a entrevista com o ex-presidente da Autoridade da Concorrência, Abel Mateus, que também falou dos preços dos combustíveis. Vale a pena (re)ver.
Sem comentários:
Enviar um comentário