Depois dos casos mais recentes de Jorge Coelho (ex-ministro das obras públicas) e de Luís Parreirão (ex-secretário de Estado das Obras Públicas), se terem mudado de arnas e bagagens para a Mota-Engil, surgiu, agora, a vez de Almerindo Marques que - segundo o semanário "SOL" - se transfere de presidente da Estradas de Portugal, EP para presidente da Opway.
Se Almerindo fosse ministro ou secretário de Estado, seria impossível, face à legislação vigente, transferir-se nos próximos 3 anos para empresas privadas ligadas a sectores por si tutelados.
A Estradas de Portugal EP (EP) tem relações comerciais com as principais empresas de obras públicas nacionais, quer como concessionárias públicas de auto-estradas, quer como adudicatárias de empreitadas de obras novas e de conservação. No primeiro caso, a Opway e o seu maior accionista Banco Espírito Santo (BES) participam no capital da Ascendi, principal fornecedor da EP e líder do mercado de concessões rodoviárias. No segundo caso, a Opway não é a maior adjudicatária da EP, mas conseguiu duas indemnizações da EP no valor de 10,7 milhões de euros por atrazos no plano de trabalhos que não lhe eram imputáveis.
Sem comentários:
Enviar um comentário