Alguns cidadãos estariam à espera que os programas dos partidos mexessem nas pensões milionárias* de alguns políticos, até por estes serem os principais responsáveis pela situação de falência a que o País chegou e, por outro lado, por beneficiarem do direito a terem uma pensão ao fim de 12 anos de "trabalho", quando os cidadãos comuns precisam de mais de 30 anos de actividade para lhe reconhecerem esse direito.
Mas parece que não vai ser assim: na nossa democracia os cidadãos são todos iguais, só que uns são mais iguais que os outros, sobretudo se vestirem a camisola de um partido e se dedicarem a enganar o povo e a governarem-se.
Para já, vão descontar no máximo 10% das suas pensões milionárias e alguns têm várias, oriundas de outras actividades "profissionais" que acumularam com a actividade política ou a antecederam.
Enquanto isto, as pensões abaixo de 1.500 Euros serão congeladas em 2012 e 2013, com excepção das mais baixas (quais?). Este congelamento significa uma queda de poder de compra, devido à subida de preços. Por outro lado, a convergência da tributação das pensões com os rendimentos do trabalho significa, para os pensionistas, pagar mais IRS.
Afora a ética, a ideia até é brilhante. A redução de rendimentos dos cidadãos com pensões mais baixas vai proporcionar que muitos não tenham dinheiro para comprar medicamentos, conferindo-lhe a possiblidade de durarem menos tempo e, assim, aumentarem a sustentatabilidade da segurança social e melhorarem os índices de qualidade do serviço nacional de saúde.
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*20 milhões por mês para pensões milionárias
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*20 milhões por mês para pensões milionárias
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