A economia, sem qualquer orientação, fixada num embaciado e inútil retrovisor desde o começo da crise, em 2007, o que se tem traduzido num desesperante desemprego. A cultura, onde é preciso recuar até antes do 25 de Abril para se encontrar um período tão mau. E como não falar do insuportável autoritarismo e do desprezo pelo pluralismo... para esconder isto fala-se muito de determinação, mas quando ela é para a asneira, não ajuda muito, não é? De resto, é sempre intrigante quando vemos um tipo muito teimoso, mas que não sabe o que quer.
Quanto ao socialismo moderno, há todo um debate por fazer, nomeadamente desde que a crise veio pôr em causa a sua trave-mestra, que era o deslumbramento pela "financeirização" da economia e pelas novas tecnologias, que são duas faces da mesma moeda. É bom não esquecer isto, sobretudo porque foi isto que deixou Sócrates sem tapete em 2007, e o levou, durante dois anos, a negar a realidade da crise.
São palavras textuais de Manuel Maria Carrilho, que propôs a Sócrates que se organizasse no PS um think tank sobre esses e outros temas, mas não ligou nenhuma. Também não ficou surpreendido, porque o conhece há muito tempo: quando eu falo de ideias e de debates, ele pensa em espectáculo e em propaganda. Veja, como agora começou a preparar um novo espectáculo (o congresso), já está aí a pedir debate de ideias... é confrangedor!
Leia com atenção esta entrevista escrita, de ontem, ao Público.
Leia com atenção esta entrevista escrita, de ontem, ao Público.
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