quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

ALMEIDA SANTOS ACUSA HENRIQUE NETO DE MENTIR

Em carta aberta publicada no jornal "i", Almeida Santos responde a Henrique Neto:
De há muito o sabia zangado com o PS, ao ponto de vir sendo um dos seus críticos mais contumazes. E para o efeito, a militância ajuda.
Isso nunca me preocupou. Sê-lo é seu direito, mesmo quando, em meu entender, o criticar sem razão.
Desta vez, porém, o Henrique Neto, para discordar, mentiu. E isso é que é grave!

Sobre a acusação de censura interna diz:
Li isto e fiquei banzado! Na verdade, dificilmente o Henrique Neto podia ter sido menos respeitador da verdade, para não usar o qualificativo que neste caso cabe. Como lhe foi possível proferir uma tão óbvia e tão chocante deturpação da verdade? E, já agora, como consegue compatibilizá-la com a personalidade que de si próprio vem tentando construir? Pois dou-lhe as seguintes novidades e fico à espera da sua reacção a elas.
Não sei com que idade o Henrique Neto chegou à defesa da liberdade de pensamento, de expressão e de imprensa. Eu cheguei aos 18 anos. E nunca, depois disso, deixei de lutar por ela e de defendê--la, nomeadamente no exercício dos muitos cargos políticos que, após Abril, fui chamado a desempenhar. Não aceito, por isso, neste domínio, lições de ninguém, incluindo naturalmente as suas.
A prática da Comissão Nacional, antes da minha presidência, e a partir dela, foi sempre esta: pede-se aos membros da Comissão que pretendem usar da palavra que se inscrevam na mesa para esse efeito. A mesa divide o tempo disponível pelo número de inscrições para fixar o tempo a atribuir a cada orador. E nunca ninguém reclamou dessa atribuição.
Cabe ao presidente dar a palavra e pedir ao orador que termine a sua oração, quando excede o tempo que lhe foi atribuído. Nunca silenciei ninguém por uso de meios mecânicos, de que aliás não disponho.
Permita pois que lhe pergunte: fazer isto é controlar "tudo"? E é eu "só dar a palavra a quem eu quero"? E chamar a atenção quando necessário para que os oradores respeitem o tempo de que dispõem é "cortar a palavra"?
Espero que reconheça honestamente, como lhe cumpre, que, actuando como sempre actuei, e como antes de mim se actuou, aliás sem lugar a qualquer reparo dos militantes a esse respeito, fiz o que devia e só o que devia.
(...)
A história em que se baseia, de na última sessão ter havido um dirigente que me escreveu uma carta a dizer que "as actas estavam erradas e que queria discutir isso", sendo que eu, "como vi que o dirigente queria falar, lhe disse que depois falaria com ele no final da reunião para que se não desse ali um incidente interno", é também uma história mal contada e em parte inverídica.


Ligação´relacionada: Henrique Neto: Seguro devia substituir Sócrates

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