Adriano Moreira está a encarar esta fase da vida nacional com enorme preocupação. O País precisa de restaurar a confiança na cadeia de comando. É fundamental a sintonia entre o Governo e a população, de modo que os sacrifícios sejam aceites e haja solidariedade com os mais desfavorecidos.
Á fronteira da pobreza deslocou-se mais para norte e ultrapassou o Mediterrâneo, havendo, neste momento uma Europa rica e uma Europa pobre.
É necessário um grande esforço no sentido da solidariedade nos dois sentidos norte sul e sul norte. Adriano considera extremamente preocupantes (e inoportunas) as considerações antropológicas da chanceler Merkl ao dizer que os povos do sul gostam do descanso, gostam da praia, do sol e dos feriados mas esquecendo-se que esses povos nunca destruiram a Europa, como fez a Alemanha. E, esquecendo-se, ainda, que foi a solidariedade europeia e ocidental que permitiu o chamado "milagre alemão" (em que a Alemanha esteve isenta de despesas militares durante vários anos) e a reunificação.
Mas não devemos esquecer a nossa autocrítica. O País mudou porque - sabe-se, agora - gastámos mais do que aquilo que tínhamos e essa política não é sustentável. É necessário e (urgente) definir um conceito estratégico nacional.
Sem comentários:
Enviar um comentário