Muitos ministros e secretários de Estado de governos cessantes - mesmo do mesmo partido - não gostam de deixar muita informação a quem os vai substituir e, por isso, apagam ficheiros dos computadores e destroem papéis, de modo a não deixarem aos seus sucessores qualquer indicação sobre os «dossiers» do respectivo ministério. O que é informação pessoal e informação funcional ? Eis a questão.
Na semana que antecedeu a tomada de posse do novo governo, entre 13 e 17 de Junho, os funcionários dos gabinetes dos ministérios das Finanças e da Economia ficaram sem informação nos computadores com que trabalhavam, os emails profissionais deixaram de ter histórico ou lista de contactos e os discos rígidos foram limpos. "Foi como começar de novo, apesar de já trabalhar aqui há anos e de ir continuar a trabalhar aqui", disse ao i um funcionário de um gabinete do Ministério das Finanças. A ordem, tendo em conta testemunhos ouvidos pelo i, era a de não deixar qualquer informação nos computadores profissionais. "Um dia apareceu um técnico, perguntou-me se tinha guardado a informação de que precisava e fez uma limpeza total ao disco rígido, até instalou novamente o sistema operativo", explicou.
Esta operação de limpeza foi executada pelo Ceger, organismo responsável pela gestão da rede informática do governo (RiNG) e que está na dependência da presidência do Conselho de Ministros. Os emails profissionais dos funcionários estão armazenados na RiNG, que foi esvaziada de informação.
(Leia a notícia completa no jornal "i" de hoje)
Ligação: T. dos Santos: um ministro com sentido de Estado
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